Friday, February 2, 2007

Dia a Dia: 31 de Janeiro

Continua em crescendo, a campanha do referendo. A 30 de Janeiro foi a abertura da campanha pelo “Não” –e em defesa dos mais desprotegidos dos seres humanos – em Braga. Braga é o coração do “outro país”, o país cristão, patriota, pelos vistos verdadeiramente humanista. Artigo muito interessante também no Público desse 30 de Janeiro, comparando as duas campanhas – a disciplina, a organização, a convicção – do Não, onde as pessoas estão “como se isto fosse a coisa mais importante das suas vidas” e o diletantismo, fragmentação e contradições ideológicas e partidárias do “Sim”.

Que também segundo O Público de 31 de Janeiro, fizeram uma abertura de grande flop, na Baixa lisboeta.

Também, na mesma edição, EPC se indigna com a atitude do JN que acha pouco “ética”, para um título de primeira página. Só vêem mesmo o que lhes apetece ver!

É curioso, nesta campanha pelo “Sim”, e à medida que os dias correm, os “tiques” tradicionais da esquerda jacobina e libertina, à portuguesa; a arrogância de Vital Moreira, qual esopiana Rã bem inchada de presunção jurídico-constitucional, a “leveza” neflibática de Lídia Jorge, falando do embrião como essa “coisa” humana! Pior só José António Pinto Ribeiro, com a imagem de ovos e frangos! A cassete dos pêcês; a agressividade das “claques” itenerantes do Bloco, quando se apanham em zonas mais periféricas, longe das câmaras da TV. E, para meu desgosto, no meio deste cocktail mal informada, algumas pessoas que não deviam lá estar; pelo menos tão cedo e tão bruscamente.

E o pano de fundo dos media e dos comunicadores politicamente correctos, ignorantezecos, esses sim sem quase nenhuma “objectividade”.

Mas também é magnífico ver, no “Não” tanta gente nova mobilizada, com disciplina, com funcionalidade, na rua, nos debates, na blogosfera, activos, activistas, com causas e convicções, em vez da “bacoquice” destes “direitistas” pró-aborto, que desertam nestas “questões de civilização” mas esperam os votos dos cristãos na hora das eleições.

P.S. À noite, noutro debate do aborto vejo aquele personagem, o irmão do Pinto da Costa, espécie de profeta barbudo e solene, contrastando com a bonomia manhosa do mano...

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